Homem decapitado num autocarro no Canadá
Um crime considerado "único na história canadiana" está a chocar o país: Um homem esfaqueou repetidamente um jovem de 19 anos, decapitando-o de seguida.
Um homem, a bordo de um autocarro, no Canadá, esfaqueou repetidamente e depois decapitou um outro passageiro, disseram ontem testemunhas.
O homem, que não foi identificado, está detido por assassínio. O ataque ocorreu quarta-feira à noite a bordo de um autocarro que viajava de Edmonton, Alberta, para Winnipeg, Manitoba, disse a Real Polícia Montada Canadiana num comunicado.
As autoridades também declinaram revelar o nome da vítima e não deram mais pormenores sobre o ataque.
O passageiro Garnet Caton disse que a vítima foi esfaqueada 40 a 50 vezes pelo homem que estava sentado próximo dele. O passageiro cortou depois a cabeça da vítima com uma enorme faca e exibiu-a como um troféu junto à porta para todos verem.
Caton disse que o autocarro parou e que os passageiros tentavam atabalhoadamente sair enquanto o suspeito alegadamente começava a cortar metodicamente o corpo do homem.
"Quando ele estava a atacá-lo, ele estava calmo... como se estivesse na praia", disse Caton. Não havia raiva, nada. Parecia um autómato a esfaquear o sujeito".
Caton disse que viu que o suspeito tinha a vítima no chão do autocarro e que "estava a cortar a sua cabeça (...)".
Alguns passageiros barricaram-se contra a porta para impedir o atacante de sair do autocarro enquanto aguardavam a chegada da polícia.
"Pusemos os nossos corpos contra a porta à espera dele sair... e ele voltou e trouxe a cabeça para a frente e exibiu-a ... e depois deixou-a cair no chão na nossa frente", disse Caton.
A porta-voz da empresa de transportes Greyhound Abby Wambaugh disse que o autocarro transportava 37 passageiros além do condutor.
A vítima, que segundo Caton aparentava ter 19 anos, viajava no autocarro desde Edmonton. Segundo ele, o atacante tomou o autocarro perto de Brandon, Manitoba, a cerca de 130 quilómetros a ocidente de Portage La Prairie.
O suspeito viajava no autocarro há uma hora e nem sequer se tinha sentado primeiro perto da sua vítima.
"Inicialmente, ele sentou-se na frente, estava tudo normal", disse Caton.
"Na paragem seguinte, ele saiu e foi fumar para junto de uma rapariga. Quando entrou outra vez para o autocarro, foi para os lugares de trás. Não disse uma palavra a ninguém. Parecia totalmente normal. Meia hora depois, escutámos aquele grito de gelar o sangue".
O ministro da Segurança Pública, Day Stockwell, qualificou-o como uma incidente "horrível" mas não discutiu os pormenores do ataque, afirmando não querer prejudicar a investigação.
Day considerou o crime bizarro e extremamente raro:"É provavelmente único na história canadiana".
in Expresso