No reino da HD

A mais recente versão do Videostudio tem, na alta definição, a sua grande mais-valia. Até suporta HD DVD, para os saudosistas…




Esta é a primeira versão do Ulead Vídeo Studio que testamos desde que a Intervideo e a Ulead foram adquiridas pela Corel. A compra foi efectuada no final de 2006 e fez da Corel um dos maiores editores de software gráfico. Por isso, confessamos, que estávamos algo curiosos para ver que tipo de alterações teriam sido introduzidas por influência do editor canadiano. Melhor: a versão que vamos testar é a 11.5 que tem suporte para alta definição. Vamos ao teste…



Interface: quase tudo na mesma
O Videostudio mantém a mesma lógica de funcionamento por passos da versão anterior. Quer isto dizer que o utilizador é guiado pelas várias etapas de edição do filme até que esteja concluído. Por isso, para além de alteração na cor dos menus, da possibilidade de aumentar a Linha do Tempo (onde fazemos a edição) e diminuir a caixa de pré-visualização do vídeo (o que dá imenso jeito visto que todas as trilhas ficaram visíveis) existe pouca diferença a assinalar. Claro que tudo continua em Inglês, mas aí, a Corel está em consonância com os produtos concorrentes. Também eles optam pelo idioma de Sua Majestade. No entanto, reforçamos a ideia do “sistema de passos” – capturar, editar, partilhar – faz com que seja simples a qualquer um conseguir criar um filme.

A entrada do programa faz-se como na versão anterior. Ou seja, o utilizador pode optar por uma das três formas possíveis de utilização do Videostudio: o Videostudio Editor (a ferramenta de edição per si), o Movie Wizard (para utilizadores que já têm filmes compostos ou projectos que não precisam de grandes ajustes), e o DV-to-DVD Wizard (um guia que permite capturar só as partes de filme que interessam a partir da câmara e as grava para um DVD). Uma fórmula bastante prática de poder direccionar o utilizador para a tarefa que pretende concretizar e que agrada, estamos certos, aos utilizadores mais iniciados.
Formatos de alta definiÇÃo


Ficámos algo surpreendidos quando, durante o teste, apareceu um pop-up a perguntar se queríamos comprar o Power Pack – um pacote de actualizações direccionado para a alta definição e para a Web. Fomos confirmar e a nossa versão já vinha com esse pack (daí ser a 11.5 Plus).

Quer isto dizer que este sistema “publicitário” da Corel é cego e não identifica a versão que está instalada no computador. Algo que consideramos grave porque pode levar utilizadores menos atentos a comprar um pacote de actualizações das quais não necessita. Fica o alerta.

A grande novidade desta versão, que inclui o tal Power Pack, é mesmo o suporte para alta definição. O formato AVCHD (Advanced Video Codec High Definition – baseado no codec MPEG4 AVC/H.264) é “Rei e senhor”, o que indica que pode trabalhar em alta definição, se a sua câmara suportar o formato, e exportar os filmes para discos Blu-ray e HD DVD (quando este Power Pack foi concebido o Mundo estava longe de saber que o HD DVD ia passar à história).

Mas não comece já a festejar: o Videostudio não reproduz filmes nesses formatos. Para isso, terá de adquirir um player específico. Podemos dizer, no entanto, que é oferecido o WinDVD 8 que reproduz ficheiros no formato AVCHD. Ou seja, vai poder abrir e editar vídeo em alta definição e, quando criar o filme, pode abri-lo utilizando o WinDVD 8 (este player supostamente pode ler Blu-ray e HD DVD, mas para isso tem de comprar um upgrade no site da Corel. Procurámos por toda a loja online, mas não o encontrámos. Fica a dúvida).

Tendo a consciência da quantidade de recursos de sistema que são consumidos para trabalhar com ficheiros AVCHD, quando este tipo de ficheiro é importado para a área de trabalho, o Smart Proxy do Videostudio gera imagens de resolução inferior para que sirvam como pré-visualizações e permitam que o processo de edição seja mais fluente



Mais novidades…

Renderizações mais rápidas em formato MPEG – Nesta versão, quando utiliza ficheiros em formato MPEG e a renderização final também é para esse formato, pode accionar o MPEG Optmizer. Esta ferramenta (que está no menu Share>Create Video File) analisa todos os clipes de vídeo que fazem parte do seu filme e sugere quais as definições de renderização a utilizar para que a qualidade final seja a melhor e para que o processo
seja mais rápido.

Legendas automáticas na função DV-to-DVD – Quando quer guardar as imagens mais importantes da câmara pode inserir a data e uma marca de água que identifica do que se tratam as imagens. É excelente para mais tarde conseguir perceber quando é que aquilo que está a ver foi filmado.

Limpeza – Quando termina o projecto, pode exportá-lo para uma nova pasta de forma a só guardar os ficheiros que utilizou libertando espaço em disco.

Transições favoritas – Agora é possível ter, numa pasta, as transições que utiliza com maior frequência. O que lhe permite poupar tempo.

Exportação directa para o YouTube – Ao pressionar o botão Share Video Online, pode optar entre o serviço Neptune (pago) ou pelo YouTube (em WMV). Existem quatro modos de qualidade definidos. Muito simples.
Novos efeitos e filtros – São vários. Mas por exemplo, o filtro DeBlock remove os artefactos provocados pela compressão.
A ferramenta de correcção de cor já inclui o balanço de brancos e, outro filtro, o DeSnow remove algum do ruído digital provocado por filmagens em ambientes com pouca luz

Em conclusÃo
Há muito mais a dizer sobre esta versão do Videostudio.

Como por exemplo, que a edição de menus para os seus filmes continua a ser possível (com novos modelos disponibilizados), a exportação directa para equipamentos como o iPod ou a PSP, filmes com som Dolby Digital 5.1 Surround… etc.

Esta versão 11.5 Plus é, realmente, muito completa. Em termos de trabalho de edição continuamos a preferir o Premiere Elements da Adobe.

Mas pelo conjunto total do pacote esta versão do Videostudio é uma oferta muito boa.
E recomendada.


fonte:Exame Informática